Wednesday, May 04, 2011

Um dia de verão

Tu sais disparado e eu sigo-te num fôlego. ‘Se correres eu corro, meu amor’. À nossa frente temos um campo de girassóis que a todos serve de quadro e a nós de tapete. Hesito, sei lá se te consigo acompanhar ou se o meu coração se perde pelo caminho. Tu adivinhas-me - como sempre - e entrelaças a tua mão na minha. ‘Onde estiveres eu estou, meu amor’. E naquele instante eu percebo que nada mais importa senão isto: as nossas mãos dadas neste tapete de girassóis. Lá atrás, ao fundo, repousa a cidade abandonada sem dó nem saudade. O dia está só a começar. E é um dia de verão.


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