Thursday, April 15, 2010

Quando a vida se interrompe

digo-te não. embalas-me na tua dança e eu troco o não por um talvez, quem sabe. chega o depois e tu, silencioso, esperas por mim no fim da rua que virou avenida. roubas-me o beijo sem promessa. eu arrisco (por que não?). a seguir vem a madrugada, serena, trazendo no sorriso o voo encantado das andorinhas. eu recuo (porque sim). é tarde, afinal. é tarde e o mundo espera-me na estação do costume. desculpa, comprei bilhete só de ida. mas deixo-te uma carta no banco do comboio. lá dentro, o meu coração, diz-te assim:

esgotamos as palavras
(meu) amor.

1 comment:

CLÁUDIA said...

Lindíssimo.

***