foi como se estivesse à minha espera.
com uma prudência ansiosa e silenciosa, olhei em redor e fotografei longamente as paredes vazias e os móveis que ansiavam por companhia. e assim me deixei ficar, finalmente, sem pressas nem palavras, pois estragariam o momento.
queria sentir-me parte daquele espaço (que também é parte de mim). e fundir-me num embalo prolongado e demorado.
não me lembro quanto tempo passou, nem o que entretanto se presenciou fora daquelas paredes. tudo o que importava verdadeiramente estava ali. apercebi-me então que a vida em estado bruto era "aquilo". a vida com tudo o que vou aos poucos recuperando e com o que vou descobrindo. a vida, agora, nesta casa (a minha).
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