Tuesday, November 14, 2006

A solidão não mora aqui...

Acordou sobressaltada. Olhou em redor e sentiu novamente a dor que a tinha invadido no dia anterior. Afinal não foi um sonho. Queria esquecer tudo. Queria voltar a viver na bola de sabão que tinha habilmente contruído nos últimos meses. Era tudo tão mais fácil... Recordou então as últimas horas. E de novo veio a dor. Não era uma dor de uma ferida aberta. Era uma dor profunda. Que vinha de dentro. Que apertava o coração e dificultava a respiração.

Decidiu ir ter com ele. Tinha chegado o momento.

Apanhou-o desprevenido. Também ela tinha sido apanhada de surpresa neste turbilhão de emoções. Olhou-o como há muito não olhava (será que alguma vez o tinha olhado assim?). Tinha-se tornado no homem que sempre quis ser. Ele emocionou-se por vê-la. Tão segura e ao mesmo tempo tão frágil. Nunca a tinha sentido assim. A menina que conhecia tinha-se tornado mulher. E por isso, pensou que nunca a tinha visto tão bonita. Apesar de se conhecerem há muito muito tempo, este foi o primeiro Encontro das suas almas.

Conversaram. Riram. Choraram. Disseram tudo aquilo que tinham por dizer. Nunca se tinham sentido tão próximos. A saudade transformou-se num grande Amor. A dor foi substituída pela Paz. Por um sentimento de leveza e plenitude nunca antes sentido. Afinal, a perfeição existe.

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