pensava que me tinhas levado só o beijo, roubado, naquela alvorada de todos os sorrisos e promessas. tímido, num primeiro fôlego, mas depois húmido e sôfrego, a fintar a luz do dia a nascer. e as mãos que eram tuas passaram a ser minhas, nossas, num entrelaçar que se perdeu na linha do horizonte. e os olhos, fechados, guardaram o sabor a baunilha e canela inventado para aquele encontro.
levaste o beijo, sem pedir nada em troca, e o tempo agradeceu por ter ficado suspenso, pousado em nós.
e o beijo, meu amor, afinal levou-me contigo numa valsa, ritmada e infinita,
a caminho de casa.
1 comment:
Nunca se leva só o beijo, pois não?...
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