encontraram-se no meio da chuva e do vento que se fazia sentir desde o início da semana. ninguém estava na rua, naquele momento, excepto os dois. olharam-se longamente, ele no alto dos seus 25, ela na doce inocência dos 20.
era como se o mundo fosse pequeno demais para os sonhos que tinham construído, a dois, nos últimos dois meses (os primeiros do resto das suas vidas). era como se a realidade fosse cinzenta demais, para a alegria dos seus sorrisos, para a paixão intensa e urgente que os unia.
inesperadamente, ele pegou na mão dela e começou a correr, primeiro devagar e depois depressa, cada vez mais depressa. "para onde vamos?", perguntou ela sem na verdade querer saber a resposta. ele compreendeu a não-pergunta, sorriu e lembrou-se de como amava estas cumplicidades silenciosas.
"não me largues, senão caio!", disse ela com o cabelo desalinhado pelo vento. "nunca, meu Amor!", sossegou ele, apertando-lhe a mão com mais força e enroscando os dedos nos seus.
e assim continuaram, a correr juntos, pela vida fora.
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