Monday, August 27, 2007

vida interrompida...

não sei ao certo o que se perdeu. aquilo que fui é apenas uma sombra do que tenho agora. a tempestade veio sem avisar e quando partiu deixou um rasto de destruição. e, nesse entretanto, a pessoa que existia em mim desvaneceu-se irremediavelmente. para dar lugar a alguém que estou aos poucos a conhecer e a aprender a gostar.

incrível como vivemos mais intensamente o sofrimento do que a felicidade. talvez porque nos momentos de ruptura percebemos de que matéria são feitas as emoções. talvez por aí sentimos com nitidez e na primeira pessoa o limite da vida. e compreendemos que só nós podemos percorrer o caminho que se coloca à nossa frente. independentemente do tempo que ficamos caídos a reunir forças, ninguém pode fazê-lo por nós. não é uma questão de solidão, mas de sobrevivência.

e então apenas duas opções se colocam diante nós: a de desistir, permanecendo apenas na superficie do que poderíamos ser, e a de recomeçar de novo, acreditando todos os dias que há ainda uma possibilidade.

é tempo de limpar as feridas e deixá-las sarar. é tempo de acreditar.

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