deixaste-me assim, prostrada, neste vazio que precede o ontem e antecede o amanhã. enganei-me quando achei que seria fácil, viver sem o teu sopro de vida. subestimei o peso solene da tua ausência e o espaço que (ainda) ocupas nas minhas entrelinhas.
pensei que o mundo avançaria sem ouvir as tuas histórias de cavaleiro andante. ousei também pensar que a minha casa não sentiria a tua ausência,
(...) mas estás em todo o lado. e fazes questão, ainda hoje, de ocupar um território que julguei ser só meu.