Tuesday, January 30, 2007

Dias que não dormem...


Acordar com o o sol a espreitar na janela. Espreguiçar os braços e as pernas. Saltar da cama com um sorriso nos lábios. Pensar que não há nada marcado para fazer. Sair de casa rumo à praia. Cumprimentar o sol e o mar. Estender a toalha e o corpo. Sentir o calor e o ruído das ondas. Ler um livro sem ter horas para o acabar. Relaxar.

Que saudades. De acordar num dia que não dorme.

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[Foto: Hurghada, Egipto '05]

Thursday, January 25, 2007

Ao cair do dia...

Acolhes-me com um abraço apertado. Como se sentisses que eu dele precisava. Deixo-me ficar. Agora não preciso de mais nada. Respiro fundo. Abro os olhos para olhar para ti. Sorrimos.

Às vezes ser feliz é muito simples.

Wednesday, January 24, 2007

O que fica...

Parece não importar. O que sinto. O que deixo de sentir. O que digo. O que fica por dizer. Não é sempre, por certo. Às vezes. E é esse às vezes que doi. Que me faz recear.

Quando o nunca e o sempre são apenas uma miragem o às vezes passa a ser o chão que pisamos.

Ou não.




Monday, January 22, 2007

Restolho...

"Mas é preciso morrer e nascer de novo
Semear no pó e voltar a colher
Há que ser trigo, depois ser restolho
Há que penar para aprender a viver
E a vida não é existir sem mais nada
A vida não é dia sim, dia não
É feita em cada entrega alucinada
Para receber daquilo que aumenta o coração."

[Mafalda Veiga, Restolho]

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Restolho...
de resto
s. m.,
parte inferior do caule das gramíneas ou poáceas que fica enraizada depois da ceifa;
barulho;
banzé, chinfrim.

Friday, January 19, 2007

O mundo em que vivemos...


Num mundo em que, cada vez mais, a indiferença prevalece sobre o carinho e os sentimentos altruístas são abafados pelo egoísmo e pelo individualismo, nunca é demais deixar uma palavra em nome do Amor.

Afinal, que sociedade estamos a criar?...

[Um breve desabafo de quem ainda acredita na força do Amor]

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[Foto: Olhares.com]

Tuesday, January 16, 2007

Às vezes...

Às vezes queria cansar-me até cair na cama com a sensação de dever cumprido. Queria pensar menos. Sentir menos.

Às vezes queria olhar para ti e compreender tudo. Perceber as tuas escolhas como se fossem minhas. Ajudar-te a viver os teus sonhos. E vivê-los plenamente contigo.

Às vezes queria que tu também compreendesses tudo. Gostava que me desses a mão para sossegar o meu desassossego. Que me sussurrasses ao ouvido palavras de amor mesmo sem estares junto de mim.

Às vezes queria ser poeta. Queria escrever como se disso dependesse a minha própria vida. Descodificar as teias de ideias que se cruzam dentro de mim.

Às vezes queria ter asas. Não para voar sozinha. Mas para te poder levar comigo num voo livre. Até um lugar onde o vento nos embala ao anoitecer.

Monday, January 15, 2007

O tamanho dos sonhos...

Já dizia o poeta "Somos do tamanho dos nossos sonhos".

E nestas vidas cruzadas e entrelaçadas vamo-nos sentindo gigantes e anões... porque nem sempre as vontades são suficientes. É preciso acreditar. Acreditar que somos e podemos ser capazes. Acreditar naquilo que nos podemos tornar. Acreditar que, se quisermos, podemos ganhar asas e voar.



...

Sim.
Acreditar.

Friday, January 12, 2007

Momentos de liberdade...


"Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade."

[Liberdade, Sophia de Mello Breyner]

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[Foto: Baiona '04]

Thursday, January 11, 2007

Embalada...

Olho para ti. Mas deixo de te ouvir. Vagueio por um mundo distante. Só meu. Fixo novamente o olhar em ti e vejo apenas uma névoa difusa e cinzenta. Deixo novamente de te ouvir. Flutuo. Ao longe, avisto alguém que se aproxima. É uma menina. Tem cabelos negros e olhos vivos. Faz-me lembrar alguém. Ela sorri, como se já me conhecesse. Pega-me suavemente na mão e leva-me a passear. Não sei por onde vamos mas sinto-me segura. Deixo-me ir ao sabor desta mão macia e leve. Não sei ao certo quando tempo andamos juntas. Mas isso também não importa. Quando paramos já o dia começava a nascer. Mais uma vez de mãos dadas olhamos o sol a aparecer lentamente e deixamo-nos ficar alguns minutos. E sem dizer nada abraça-me como se me quisesse embalar. Nesse momento não precisamos de falar. Ela sabe bem o que eu quero dizer. Há palavras que precisam apenas de ser sentidas. E vividas no silêncio.

...

Percebo então que esta menina sou eu. Há muito tempo atrás.

Descanso, enfim. Porque sei que ela caminha sempre a meu lado.

Friday, January 05, 2007

Cair da manhã...

Lembro-me de ter sono. Não me lembro como encontrei forças para me libertar dos lençois que me aconchegavam. Mas ainda me lembro do arrepio que senti quando pousei os pés no chão adormecido... Por isso pensei como era bom poder ficar. Só hoje!...




[Foto: Olhares.com]

Thursday, January 04, 2007

Chegaste...

"Chegaste. Eu não te esperava. Contigo trouxeste a ternura, o desejo e, mais tarde, o medo. Chegaste e eu não conhecia essa ternura, esse desejo. Em casa, no meu quarto, neste quarto, revi os teus olhos na memória, a ternura, o desejo. E, depois, aquilo que eu sabia, o medo. E passou tempo. Eu e tu sentimos esse tempo a passar mas, quando nos encontrámos de novo, soubemos que não nos tínhamos separado.”

[José Luís Peixoto, Antídoto]

Wednesday, January 03, 2007

Em 2007...


Que a Família esteja sempre presente
Sobretudo nos momentos em que estamos prestes a vacilar...

Que a Amizade seja a luz mais brilhante do Universo
Especialmente quando a distância parece querer apagar os seus laços...

Que o Amor e o Carinho nunca sejam esquecidos
Mesmo com as infindáveis correrias do dia-a-dia...

Que os Sonhos para um amanhã melhor se mantenham firmes
Principalmente nos dias mais cinzentos e preguiçosos...

Que Tu e Eu sejamos um Nós cada vez mais cúmplice
Sempre. Para sempre...